UX Collective 🇧🇷 - Medium 10月27日 16:22
设计思考简史
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本文基于斯蒂芬妮·迪·鲁索博士的设计研究,回顾了设计思考的演变历程。从20世纪60年代的设计参与式方法,到80年代的用户中心设计,再到2000年的元设计和服务设计,最终形成当今以人为本的设计思维。文章探讨了不同时期的重要人物、理论和方法论变化,展示了设计思考如何从关注效率转向关注用户体验和社会责任,并提出了对设计未来的思考。

💡 设计参与式方法(~1960)强调用户参与设计过程,通过原型设计、可用性测试等方法提升设计质量,但存在忽视用户体验和利益相关者的不足。

👥 用户中心设计(~1985)将用户从测试对象转变为共同开发者,采用更人性化的方法关注用户体验而非效率,推动设计思维向更广阔领域发展。

🌐 元设计(2000年)提供整体视角理解价值创造和元素交互,作为过渡阶段为服务设计奠定基础,强调系统性和多维度思考。

🛠 服务设计流行(2000年后)革新商业视角,从封闭的‘产品-测试’模式转向‘服务-旅程’模式,关注客户完整体验而非单一产品功能。

🧠 以人为本设计思维形成:整合前期方法,形成更包容、更具社会责任感的设计框架,通过系统性方法应对复杂社会问题。

⏳ 不同设计方法并非相互取代,而是相互补充演进:参与式方法为用户中心设计奠定基础,元设计推动服务设计,最终形成以人为本的完整体系。

Baseado no incrível trabalho de pesquisa da doutora em Design Stefanie Di Russo.

Dan Page
“O Design Thinking — e tudo o que ele representa hoje — […] tem uma história.
Ele foi uma descoberta que aconteceu ao longo da evolução de vários métodos de processo de design (colaborativos), criados para melhorar e expandir o design para outras áreas de prática.”
— Stefanie Di Russo (2012)

Sabe quando você acha algo que nem sabia que precisava? Poizé, esse é o caso aqui. E, se você tá lendo isto, quem sabe precise também.

Eu já falei algumas vezes aqui sobre a história do design, mas sempre partindo de premissas não históricas e muitas vezes não cronológicas. Digo, é preciso citar o contexto histórico pra falar sobre política ou sociedade de uma certa época pra daí relacionar com o design, por exemplo. Mas confesso que sempre tive uma certa dificuldade em visualizar exatamente os “destaques” da história da nossa profissão. Tipo: dá pra resumir esse turbilhão antropológico?!

Também já falei sobre como, na faculdade de Design Gráfico, eu tive aulas de história da arte, mas não da história do design. Sim, a arte tem valor pra qualquer ser humano, e ainda mais pra designers (repertório, sabe?). Mas, ainda assim, não dá vontade de saber por que a gente faz as coisas exatamente como a gente faz?

Por exemplo, de onde veio o Design Thinking? Se você pensou em Donald Norman e Jakob Nielsen, a gente ainda tá falando só de aproximadamente 30 anos atrás — mas e antes disso? Qual a inspiração, qual a linha de raciocínio que fez a gente chegar até aqui? Quero ir além:

Qual o passado e a identidade da minha, da sua, da nossa profissão?

Até que, um belo dia — lembro bem, 8 de outubro de 2025 — encontrei por acaso o trabalho da Stefanie Di Russo, que abordou esse assunto em seu doutorado e mastigou essa linha do tempo pra gente tal qual um passarinho pra dar na boca do seu filhote.

Ah, e vale dizer também que vou mastigar ainda mais o conteúdo. A proposta deste texto não é diferente de qualquer outro que escrevo nestes moldes: te deixar na curiosidade pra saber mais. Te apresentar algo novo. Te fazer sentir como quem acabou de descobrir algo que não sabia, mas precisava.

Então nem carece dizer que, depois de ler aqui, você pode dar uma conferida no material original e completo também, né? Deixei nas referências pra você.

Vem com a gente nessa viagem no tempo?

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Do design participativo ao centrado no humano

Primeiro, preciso dizer que existem algumas camadas na análise de Stefanie:

“É interessante notar que as mudanças na teoria e na prática do design desde o movimento dos métodos, nos anos 1960, têm espelhado umas às outras.
A tendência do “design como ciência” dos anos 60 e 70 se opõe — e ao mesmo tempo reflete — a investigação metódica sobre processos dos anos 1990.
Da mesma forma, as reflexões cognitivas na teoria do design durante os anos 1980 refletem (e se contrapõem) ao movimento de mentalidade que estamos vivendo agora.”
— Stefanie Di Rossi

Bom, começaremos pelo começo: o design participativo (~1960). Aqui, estamos falando de um método de design que possui raízes históricas profundas. Na sua essência, a metodologia participativa já foi o cerne da democracia de base e um método usado por séculos pro desenvolvimento de uma sociedade harmoniosa.

Já no contexto do design moderno, ele ganhou impulso através de pesquisas durante o movimento dos métodos de design na década de 1960. Em suma, o design participativo prezava pela integração das pessoas usuárias finais na fase de desenvolvimento (prototipagem) dos projetos.

Inclusive, já realizavam testes de usabilidade (emprestado da ciência), mock-ups, prototipagem e até encenação (role playing). Mas ainda era incompleto.

Apesar de integrar os usuários, uma das grandes desvantagens do design participativo era a negligência em relação à experiência da pessoa usuária e à contribuição de stakeholders.

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Tentando corrigir as falhas da metodologia anterior, chegamos no design centrado no usuário (~1985).

Ele surgiu de discussões sobre como elevar os usuários de “cobaias” (meros objetos de teste) a co-desenvolvedores de sistemas durante a tendência participativa. Esta nova metodologia se espalhou pra áreas mais amplas da indústria e prática.

De acordo com a autora, o design centrado no usuário adotou uma abordagem mais humanística no envolvimento do usuário, enfatizando a experiência em vez da eficiência.

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Já, por volta dos anos 2000, o metadesign ganhou força, ajudando a moldar a ideia de que precisamos de uma perspectiva holística pra entender a criação de valor e a interação entre todos os elementos de um serviço.

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Na verdade, o metadesign foi uma fase transitória. Isso porque, pouco tempo depois, o design de serviço se popularizou.

A grande inovação dessa nova metodologia foi uma nova perspectiva pro mundo dos negócios. Antes, a visão predominante era de uma cadeia de valor fechada (ou seja, “produzimos um produto que testamos e sabemos que funciona, então podemos esquecê-lo”).

Mas aí a mentalidade em serviços mudou isso, dizendo: “ó, tudo o que fazemos é, na verdade, um serviço”. A gente passou a focar na jornada completa das pessoas clientes — o que elas fazem com o produto ou serviço, e não apenas o que o produto faz.

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E, da mistura de todas essas metodologias, chegamos no design centrado no humano, que se consolidou de vez na mentalidade do design contemporâneo.

E, com isso, o design thinking surgiu como um método pra interpretar “problemas perversos” (wicked problems). Ou seja, por essência, o design centrado no humano possui uma perspectiva mais ampla e socialmente consciente da pessoa usuária.

E, como cereja do bolo, Di Rossi ainda bolou um quadro resumo em que compara as metodologias de design ao longo dos anos — de 1960 até os dias atuais.

Acho que o mais legal dessa história toda é que as metodologias não se anulam ou se substituem, muito pelo contrário. Elas se adaptam, somam e inovam de acordo com o tempo.

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Que design queremos pro futuro?

“O design recente tem atendido apenas a desejos e vontades passageiras, enquanto as verdadeiras necessidades humanas foram muitas vezes deixadas de lado.”
— Victor Papanek (1972)

Agora que sabemos que o design — assim como tudo na vida — tem uma história e um motivo de ser como é, também dá pra concluir que o futuro da nossa profissão a gente faz aqui, no presente.

Por isso, antes de finalizar, queria deixar a pergunta que não quer calar nos textos que escrevo: que design você quer deixar pro futuro?

Seguimos na luta. ✊

Aquele abraço!

Referências


Uma breve história do design pra designers was originally published in UX Collective 🇧🇷 on Medium, where people are continuing the conversation by highlighting and responding to this story.

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