UX Collective 🇧🇷 - Medium 08月25日
设计如何对抗法西斯主义
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本文聚焦Mike Monteiro的演讲,探讨设计与政治的联系,强调设计本质上是政治性的,因为每一个设计决策都蕴含政治意图。文章指出,缺乏道德的设计容易滑向法西斯主义,因为设计的伦理责任至关重要。设计师应充当守护者,审视作品的影响,并质疑其目的是否会伤害他人。 Monteiro强调,设计的最终目标应是服务于全人类的利益,让世界变得更美好,并鼓励设计师在日常工作中,成为“有意识的、有意图的反法西斯主义者”,通过积极的设计实践,促进包容、透明和团结。

💡 **设计即政治:** Mike Monteiro认为,设计本质上是政治性的,因为每一个设计决策都服务于特定的目标,并受到特定约束的影响。设计师的每一个选择都可能产生政治后果,因此不能回避其工作的政治属性。

⚖️ **伦理是设计的基石:** 文章强调,缺乏伦理的设计极易滑向法西斯主义。设计师的个人品德和意图直接影响其作品,带有偏见和仇恨的设计将传播负面影响。因此,伦理责任是设计师不可谈判的核心部分。

🛡️ **设计师的守护者角色:** 设计师应承担起守护者的责任,审慎评估其作品对社会的影响,并质疑设计的目的是否会伤害他人。诸如“边境墙”或“穆斯林数据库”等项目,因其固有的排他性,即使设计“良好”,也违背了设计的伦理原则。

🌍 **创造更美好的世界:** 设计师的道德义务是为全人类的利益服务,帮助那些最需要帮助的人,致力于让世界变得更美好。这并非遥不可及的空想,而是通过有意识、有意的行动,从微小的设计决策开始,日复一日地推动积极的改变。

✊ **有意识的反法西斯主义:** 文章鼓励设计师成为“有意识的反法西斯主义者”,积极倡导包容、透明和团结的理念。这意味着要优先考虑所有生命,拥抱能够联合而非分裂的观点,并通过设计贡献积极的力量。

Uma palestra de Mike Monteiro.

“Viu? Esse é o bastão para amassar ideologias”. Mafalda, de Quino.
“Nosso objetivo não é apenas frustrar o fascismo no aqui e agora — e ele está aqui agora.
Nosso objetivo é ajudar a construir um mundo melhor onde o fascismo tenha muito mais dificuldade em se enraizar.
— Mike Monteiro (tradução livre)

Sim, vamos ter essa conversa.

Antifascismo é uma bandeira necessária na profissão designer, ou seria, anterior ao design, uma bandeira de quem sabe seu papel e responsabilidade enquanto pessoa cidadã? Explico:

Imagina o poder de criar interfaces e projetos que podem influenciar na vida de milhares, quiçá milhões de pessoas, e ter enraizado na mente o pensamento primitivo da existência de uma raça humana “superior”, ou de uma religião, ou fé “verdadeira”, ou simplesmente no “lema” de vida focado em separar, não unir. Excluir, pra ser mais exato.

É sobre isso que Mike Monteiro vai nos falar nessa apresentação necessária de mais de 40 minutos, mas que resumi bem resumidinho aqui pra te dar um spoiler e trazer esse papo pra mesa.

Sabe, confesso que pensei bastante antes de escrever este texto. Mas ficar quieto vendo as coisas dando errado no mundo por pura ignorância, ganância e individualismo não combina comigo — e, claramente, com Mike também não. Então, se você se identifica com isso, tá no lugar certo.

Ah, e como quero abrir espaço pra esse assunto de maneira respeitosa, me sinto na obrigação também de lembrar: fascismo é crime, tá? Com ideias fascistas não há diálogo.

Assista ao vídeo original depois de ler aqui também. Sério, papo de amigo. Tem muito mais detalhes e exemplos, e o link tá lá nas referências. Inclusive, testei a legenda em português e funciona bem.

Bom, introdução feita. Vamos ao assunto.

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O design é político

Começamos numa questão que pode ser tabu pra algumas pessoas: o que design e fascismo tem a ver?

Mike Monteiro conceitua o design como sendo a solução intencional pra um problema, operando dentro de um conjunto específico de restrições. Pra ele, isso significa que, primeiro, deve existir um problema genuíno, como melhorar a mobilidade ou combater o assédio online, e depois, o design pra esse problema.

Inclusive, ele faz a gente pensar:

Será que dar lucro pra empresa é realmente um problema a ser resolvido?

Não seria, na verdade, uma consequência de um bom trabalho de design na resolução de um problema real? Ou, se for considerado um problema plausível de entrar nas variáveis do projeto, o lucro não seria algo menos prioritário, dado o objetivo original de todo e qualquer design?

Nas palavras de Mike, aumentar o valor para o acionista não é um problema, é um desejo. Possivelmente, um fetiche.

Continuando, junto com a definição da nossa profissão, ele conclui algo que pode não ser óbvio pra algumas pessoas ainda: design é trabalho, e todo trabalho é político. Ou seja, o nosso trabalho enquanto designers é sempre político, pois cada decisão tomada é inerentemente política.

E o fascismo nisso tudo? Esse é o gancho pra gente entrar no campo da ética.

“A gente precisa falar sobre ética no design, porque sem ética é fácil escorregar pro fascismo.
As soluções que a gente cria só chegam até onde a gente chega como pessoa. Elas refletem quem faz e a intenção por trás. Se o designer for podre, o design vai ser podre.
Se o designer tiver cheio de desprezo e ódio, o design também vai carregar desprezo e ódio.“
— Mike Monteiro

Porque a falta de ética é um dos pilares do fascismo. Um design sem ética não é uma solução ou projeto, é um crime.

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A responsabilidade ética do design

Monteiro deixa claro, algumas boas vezes, que a responsabilidade ética é a parte mais importante e inegociável do trabalho da pessoa designer. A gente deve trabalhar como guardiões e guardiãs, avaliando o impacto das nossas criações e questionando se o propósito é prejudicar alguém.

Ou seja, não tem como criar uma “boa parede de fronteira”, usada pra segregar populações, ou um “bom banco de dados de muçulmanos”, usado pra identificar pessoas de uma religião específica, ou uma “boa arma”, usada pra… bom, você sabe. Tudo isso já é ruim por natureza.

Pra ele, trabalhar eticamente significa atuar no melhor interesse de todos e ajudar aqueles que mais precisam, cumprindo o dever de tornar o mundo um lugar melhor.

Parece utopia, né? A resposta pro seu questionamento deixo nas palavras da incrível antropóloga Margareth Mead: nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos conscientes e comprometidos possa mudar o mundo. Se você prestar atenção, é isso que tem mudado o mundo.

Pra gente fechar, percebe que a resposta pra nossa questão principal está no papel de designers a partir de suas ações individuais, decisões e contextos?

Não se trata de ser super-herói nem de uma revolução popular. É sobre ser intencional na hora de participar de projetos e contribuir positivamente pra soluções que vão afetar a vida de milhares de pessoas.

Intencionalmente antifascista.

Ou seja, intencionalmente a favor da inclusão, da transparência, da narrativa (e ações) que priorizam todas as vidas. Da ética. De ideias que unem e somam.

“Obrigado. Feito por um imigrante.” Mike Monteiro ao final de sua palestra.

Não existe design neutro. Precisamos fazer nossa microparte pra que alguma microcoisa no mundo mude. Todo dia, o dia todo. Inclusive, em todo design.

“A gente luta porque, se não lutar, as pessoas apanham, são presas, têm a dignidade arrancada e acabam mortas.
E, mesmo que isso não role em escala gigante, por conta do governo, rola em vários cantos de miséria espalhados pelo mundo. E tem coisas que a gente pode fazer pra evitar.
Então, a gente tem que tentar.”
— Mike Monteiro

Contamos com você nessa luta✊

Se quiser conversar sobre o papel do design na construção de um mundo melhor, comenta aqui ou me chama!

Aquele abraço!

Referência

Mike Monteiro — How to Fight Fascism, de FBTB.


Como o design pode combater o fascismo was originally published in UX Collective 🇧🇷 on Medium, where people are continuing the conversation by highlighting and responding to this story.

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