UX Collective 🇧🇷 - Medium 07月15日
O problema dos verbos sensoriais em produtos digitais
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当数字产品必须遵守无障碍数字要求时,许多人感到压力。无障碍性一直是技术和用户体验(UX)团队争论的话题,被认为复杂。这不是缺乏意愿,而是创建或调整产品、功能、沟通以真正对所有类型的人都实用和可用的变化需要。如果涉及文本、信息写作和说明性内容,利益相关者、设计师和开发人员更可能忽视可访问内容所需的必要变化。这通常是由于缺乏实践经验或开发敏捷中的其他优先事项。使用感官动词几乎在缺乏专职UX Writer或内容设计师的团队中排在最后。作者作为唯一的内容设计师,在面临欧盟无障碍法案(EAA)的处罚威胁下,与本地化团队一起努力修复有问题的内容,从基础开始,如感官动词。这些动词描述五种感官,在日常语言中很常见,但在无障碍性和包容性方面可能成为无形障碍。例如,'查看'对使用屏幕阅读器的人来说没有意义。感官障碍者(如视障人士)无法通过建议的感官体验访问内容,这使消息变得不相关和令人困惑,并可能导致用户感到被排斥。作者主张内容团队应避免使用感官动词,改为使用中性动词(如'查看'、'访问'、'探索'),并提供替代内容(如字幕、图像描述和转录)。这不仅是'政治正确',而是确保更多人能融入体验,特别是在无障碍性是法律要求(如欧盟和巴西)的情况下。

👀 感官动词(如'查看'、'聆听')在数字产品中很常见,但它们描述的感官体验并非所有人都拥有,因此可能排斥视障人士和听障人士。这些动词在屏幕阅读器或缺乏替代内容时变得无意义或误导性。

🤔 感官障碍不仅限于物理感官。认知障碍(如失读症、感官处理障碍、自闭症)或神经多样性(如联觉)可能使解释感官隐喻或指令变得困难。这些用户可能因语言混淆而感到迷失方向或被排斥。

🗣️ 内容团队的角色不仅是清晰和一致,还包括确保数字体验包容和人性化。这意味着避免使用感官动词,并采用更精确、普适的语言。这并非语言贫乏,而是设计选择,需要产品、设计和开发团队共同讨论。

📝 避免感官动词的关键是始终考虑体验的广泛可访问性。提供替代内容(如字幕、图像描述、转录)对于依赖多媒体内容的用户至关重要。选择中性动词(如'查看'、'访问'、'探索')可以确保信息对所有用户都清晰可用。

🌐 无障碍性不仅是道德要求,也是法律要求(如欧盟无障碍法案和巴西反歧视法)。内容创作者有责任构建尊重世界多种感知方式的数字产品,这始于选择我们使用的词语。

Como a linguagem da sua interface pode estar excluindo pessoas sem você perceber.

Imagem gerada por Inteligência Artificial, ChatGPT.

Quando a obrigatoriedade de acessibilidade digital foi imposta às empresas de produtos digitais, muita gente se estressou.

A acessibilidade sempre foi um tema polêmico, considerado complicado por times de tecnologia e experiência do usuário (UX). Não por falta de vontade, mas pelas mudanças que precisam ser feitas para criar ou adaptar produtos, features e comunicações para serem verdadeiramente úteis e usáveis por todos os tipos de pessoas.

Se o assunto é texto, informação escrita e instrucional, é ainda mais comum que stakeholders, designers e desenvolvedores não percebam as mudanças essenciais que o conteúdo acessível exige. Muitas vezes, isso acontece por falta de prática ou pelo peso de outras prioridades no desenvolvimento ágil.

Honestamente, o uso de verbos sensoriais está quase no fim da lista de preocupações, ainda mais em times sem um UX Writer ou Content Designer dedicado.

No meu caso, por exemplo, sou a única Content Designer em um time de mais de 12 product designers e uma legião de desenvolvedores, sem contar PMs e POs que eventualmente querem dar pitaco no conteúdo.

Com as imposições legais da European Accessibility Act (EAA) — que prevê multas para quem não cumprir os critérios de acessibilidade — começou uma verdadeira corrida contra o tempo, minha junto ao time de localização, para mapearmos e “remediarmos” conteúdos problemáticos.

Começamos pelo básico: os verbos sensoriais.

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O que são verbos sensoriais?

Imagine abrir um app e encontrar a mensagem: “Veja as ofertas abaixo.” Agora imagine que você está usando um leitor de tela. O verbo “ver” já não faz tanto sentido, certo?

Esse é só um exemplo do uso comum e problemático dos verbos sensoriais em produtos digitais.

Também conhecidos como sense verbs ou verbos de sentido, esses verbos são aqueles que descrevem os cinco sentidos e são parte da linguagem cotidiana, muitas vezes, inclusive usados com boas intenções. Mas quando se trata de acessibilidade e inclusão, eles podem se tornar barreiras invisíveis.

A lista é extensa. E em textos para produtos digitais, eles costumam aparecer em frases como:

A intenção por trás desse tipo de linguagem é, muitas vezes, criar uma conexão emocional ou reforçar uma mensagem de marca. Porém há um problema importante:

Nem todas as pessoas vivenciam o mundo da mesma forma sensorial.

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As múltiplas faces da exclusão sensorial

Pessoas com deficiência visual, por exemplo, não podem “ver” o que está na tela. Logo, instruções com verbos como “veja” se tornam confusas ou até inúteis, uma vez que leitores de tela transformam o texto em áudio, mas o verbo não faz sentido para quem “ouve” a experiência de um produto.

De forma similar, pessoas com deficiência auditiva não podem “ouvir” alertas ou instruções que dependem exclusivamente do sentido da audição. Nesse caso, se não houver legendas ou textos alternativos, sua experiência é 100% prejudicada.

Mas o problema vai além do físico. Algumas deficiências intelectuais ou cognitivas, como dislexia, transtorno do processamento sensorial, autismo e outras, podem dificultar a interpretação de metáforas sensoriais ou instruções indiretas.

Outro ponto, menos explorado, mas muito relevante, é a sinestesia, uma condição neurológica em que as sensações se misturam. Algumas pessoas “veem” sons ou “sentem” cores. Nesse contexto, linguagens que usam metáforas sensoriais confusas podem criar experiências desorientadoras para esses usuários.

Essa diversidade sensorial e cognitiva reforça a necessidade de pensarmos na linguagem que usamos em interfaces digitais como um vetor fundamental de acessibilidade.

Imagem gerada por Inteligência Artificial, ChatGPT.

Pessoas com deficiência podem não acessar o conteúdo por meio do sentido sugerido pelo verbo. Isso torna a mensagem de um produto pouco acessível, uma vez que o conteúdo assume um tipo de experiência sensorial que nem todos podem ter, e consequentemente menos relacionável e confusa.

Isso porque o usuário pode se sentir excluído ou fora da experiência sugerida, uma vez que você está induzindo uma experiência que não está disponível para aquele usuário.

Esse tipo de falha pode parecer pequeno, mas somado a outros detalhes, gera frustração e falta de confiança na interface — especialmente para pessoas que já enfrentam barreiras no uso cotidiano de produtos digitais.

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O papel do conteúdo

Como profissionais de conteúdo para produto, nosso papel vai além da clareza e consistência. Devemos garantir que toda a experiência digital seja inclusiva, acessível e humana. E isso também se refere a evitar o uso de verbos sensoriais.

Essa ação, ao contrário do que muitos afirmam, não significa empobrecer a linguagem, mas sim torná-la mais acessível, precisa e universal. É uma escolha de design intencional, que deve ser discutida e aplicada em conjunto com times de produto, design e desenvolvimento.

Temos a responsabilidade de revisar padrões de linguagem que reforçam barreiras sensoriais. Cabe a nós colaborarmos com times de design e desenvolvimento para oferecer alternativas inclusivas, propor guidelines e boas práticas nos times de conteúdo e claro, educar stakeholders sobre linguagem acessível e sua importância.

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Como evitar verbos sensoriais

Antes de qualquer coisa, pense na experiência como algo que deve ser fisicamente, cognitivamente, intelectualmente e socialmente acessível.

Diante disso, evite metáforas sensoriais exclusivas (como “Sinta a potência” ou “É de encher os olhos”) em contextos funcionais oferecendo alternativas equivalentes como legendas, descrições de imagem e transcrições, fundamentais quando o conteúdo depende de mídia sensorial. Sempre que possível, opte por verbos de ação neutros, como “conferir”, “acessar”, “explorar”, “descobrir”, “experimentar”, “entender”, “encontrar”.

A linguagem inclusiva não é sobre “ser politicamente correto”, é sobre garantir que mais pessoas possam se sentir parte da experiência.

Em um mundo onde a acessibilidade digital é uma exigência legal (como a EAA na União Europeia e a Lei Brasileira de Inclusão), esse cuidado não é só desejável: é mandatório.

Como profissionais de conteúdo, temos a obrigação de construir produtos digitais que acolham e respeitem as múltiplas formas de perceber o mundo — que começa, em grande parte, pelas palavras que escolhemos.

Referências


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